Sem muita explicação, o leitor vira a página e se depara com um mundo arruinado. Nova York não passa de ruínas e nos céus duplicatas do temível robô Ultron patrulham os céus. Os poucos heróis que sobraram são caçados, podem servir de troca até para alguns vilões perdurarem por mais algum tempo na face da Terra. É a Era de Ultron. Não há muita esperança. Até que o Capitão America se levanta. Ele tem um plano.
Basicamente o plano envolve uma infiltração na fortaleza do robô. E para tal Luke Cage e Jennifer Walters, a Mulher-Hulk, se oferecem ao papel de “cavalo de troia”. Os dois servem. São Parrudões e não tem muito a perder. Luke perdeu a esposa e a bebê. Então, após nocautear a Jennifer, Luke se apresenta para entregar a heroína ao vilão (como muitos andam fazendo).
Longe dali, em Chicago, um outro grupo de heróis sobreviventes arquitetam seu plano. Pantera Negra, Treinador e Hulk Vermelho estão prestes a entrar em conflito para conseguir algo que valha a pena – a cabeça, o centro consciente, de um Ultron. Na missão, o Pantera acaba morrendo e o Hulk Vermelho fica para trás. Cabe ao Treinador sair correndo de lá com o trunfo o mais rápido possível.
No interior da Fortaleza de Ultron, Luke Cage carrega a Mulher-Hulk até o centro nervoso do lugar e se depara com ninguém menos que o Visão. Completamente comprometido, o Visão serve a Ultron interinamente. Ainda assim, lutando um pouco contra o controle sobre ele, chega a dar uma informação vital para Cage. Ultron não está realmente ali. O robô está dominando a tudo e a todos do futuro.
De posse da nova informação vital, Jennifer se levanta e arremessa Luke Cage para longe afim de levar de volta o que conseguiu para os heróis. A verdona se sacrifica, morre no processo e Luke é caçado por uma tropa de robôs na destruída Manhattan. Sem escapatória, os ultrons explodem boa parte do lugar onde Cage se encontrava e terminamos a história sem saber se ele conseguiu sobreviver aquela destruição.
Em São Francisco, voltamos a ter notícia da dupla Cavaleiro da Lua e Viúva Negra (vistos pela ultima vez na primeira edição). Os dois decidem sair do bunker secreto da SHIELD e encontrar outros heróis. E o lugar em vista seria a Terra Selvagem. Em Nova York, vemos que os heróis executam um plano de fuga imediata logo após a última explosão. O destino também é a Terra Selvagem, o lugar que eles acreditam que ainda não foi corrompido por Ultron. Em Chicago, o Hulk Vermelho encontra-se com o Treinador e dá uma lição no mercenário que o abandonou horas atrás.
Então, o cenário muda para a Terra Selvagem. Os heróis sobreviventes encontram-se com Kazar. Lá também já estava Luke Cage, que em seus últimos momentos conta mentalmente o que descobriu para Emma Frost. Por fim, também chegam ali o Hulk Vermelho, Cavaleiro da Lua e a Viúva Negra. Todos eles são a última resistência dos heróis e já sabem o que fazer. Mas somente veremos isso na edição 3 da minissérie.
No mesmo mês, também foi lançado o Tie in do Quarteto Fantástico com a saga na revista Universo Marvel 6. Nela, vemos uma versão alternativa dos eventos que levaram a Família Fantástica a se afastar de seus filhos durante a Viagem Espaço-Temporal e acabar no futuro caótico da Era de Ultron. Johnny, Ben e Reed pereceram nas mãos da patrulha dos Ultrons. Somente Susan sobrou, sendo mais tarde salva pela Mulher-Hulk, que imediatamente a levou para a resistência dos heróis em NY. E daí, você já sabe onde foi parar a história.
Estamos na segunda edição de a Era de Ultron e somente agora o plano de reação dos heróis é traçado. A saga, que leva o peso do nome do próximo filme dos Vingadores, ainda mostra-se um tanto arrastada. Os desenhos de Hitch ainda brilham aos olhos dos seus fãs, mas é só. A saga que parecia ter um potencial muito bacana, acabou mostrando-se pouco aproveitada. Até mesmo essa versão futurística dos heróis não traz nada de impressionante ou interessante. Millar já fez melhor no seu ‘Velho Logan’, por exemplo. Mas agora que o problema foi encontrado, vamos ver se o direcionamento muda e a coisa toma uma nova guinada mais perto do final.
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