terça-feira, 20 de maio de 2014

Avante, Vingadores: Lagartos me mordam!

Os fantasmas do passado sempre voltam pra nos atormentar. 








Os fantasmas do passado sempre voltam pra nos atormentar. Esse é um jargão clichê, mas encaixa-se direitinho se por acaso você já foi um agente secreto do governo russo e causou muito mal aos outros por aí. E esse é o caso da Viúva Negra, que no curto arco de histórias de Avante, Vingadores publicados na edição 6 e 7 aqui no Brasil, terá que compensar mais um dos seus crimes do passado em Omsk, na Sibéria.


As primeiras páginas nos levam a um rápido flashback na suíça. Em uma de suas missões, Natasha separou um marido, um pai dedicado, mas também um homem de ciência cuja pesquisas com aplicação de um soro baseado em estudo com repteis em soldados ameaçava o seu governo. Seu nome era Peter Anhokin. Agora, anos depois, um chamado fez ela ir parar em Omsk e de quebra teve que levar os companheiros Vingadores Gavião Arqueiro e Mulher-Aranha (mesmo contra sua vontade).


Pra compensar seus erros, Natasha distribuiu uma espécie de sinalizador para suas antigas vitimas numa ideia de pagar por seus erros. E nesse caso, quem a chamou foi um jovem que rapidamente se revela como sendo o cunhado de Anna, a mulher do falecido Peter. Ao que parece, Galina, filha do casal, seguiu os passos do pai e assim se meteu em apuros. Foi tentar ajudar viciados na droga Krokodil e se perdeu desde então nos esgotos do lugar.


O trio de Vingadores parte então na missão de resgate, mas acaba vendo que a coisa é bem maior que um mero trafico de Krokodil. Nos escuros esgotos de Omsk, vários homens-lagartos atacam e tudo se revela um plano arquitetado por Karl, namorado de Galina, que agora é mais reptil que mulher. A própria Galina não parece entender bem o propósito do plano do namorado, até que ele a pede em casamento. A vingança contra viúva seria uma espécie de presente de casamento então.


Curiosamente, em resposta ao Jovem, Galina pede em troca que ele se junte a ela e tome a droga que seu pai criou (virando assim também um lagarto). A viúva ataca o jovem impedindo que ele cometa o erro e se drogue. Com isso, Galina e seus homens lagartos atacam por instinto. E nesse combate, a viúva é fatalmente ferida na garganta.


São poucos minutos até que ela morra e ao perceber o poder de regeneração dos homens-repteis, a Viúva manda Gavião aplicar o soro em Natasha. Seria a única chance dela. A Viúva ataca Galina com puro ódio e instinto, mas se contém em matá-la. Arrasta a garota para um quarto qualquer daquela cidade até que o efeito da droga passe. Natasha leva a menina de volta para sua mãe, Anna, que a entrega o diário de Peter Anhokin. Todos os tipos de formulas e antídotos criados pelo químico estavam ali. Isso iria ajudar muita gente.
Ao final, retornando aos EUA, Jessica pergunta a Natasha quantos “sinalizadores” ela entregou para compensar os seus crimes. Restam oito, segundo a russa. E alguns são bem piores do que esse primeiro que se aventuraram.


História curta, mas muito bacana. Um roteiro que diverte bastante e ajuda a dar mais substancia a pouca história da Viúva Negra que conhecemos. A roteirista Kelly Sue DeConnick vem acertando a mão com seus Vingadores, sendo uma trama bem fora do eixo principal mas que ainda assim paga a história. Podemos ver também que ela acertou muito na recente publicação da Capitã Marvel e tem um toque bem peculiar pra tratar heroínas sem recair em clichês. Fora isso, os desenhos de Pete Woods e Mark Bagley estão pra lá de espetaculares.


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