sábado, 11 de outubro de 2014

Nerd Musical : Quando Batman investigou os Beatles

Se tem uma coisa que precisa ser dita nesta artigo é que não há dúvidas do quanto os Beatles são gigantescos para o mundo da música. Goste ou não


Se tem uma coisa que precisa ser dita nesta artigo é que não há dúvidas do quanto os Beatles são gigantescos para o mundo da música. Goste ou não, trata-se da maior banda de rock da história. E é também a banda que deve ter gerado a maior quantidades de controvérsias e teorias até hoje, e é sobre o mítico quarteto de Liverpool e uma de suas teorias mais conhecidas que este artigo fala.


Frank Robbins foi um dos escritores mais importantes do Batman nos anos 1970. Ao lado de Dennis O’Neil e Steve Englehart, Robbins fez muito para que o personagem voltasse às suas raízes sombrias e investigativas, escrevendo tanto “Batman Vol.1” como “Detective Comics Vol.1“. Dentre suas principais criações estão o policial Jason Bard, que recentemente voltou ao Universo DC na publicação semanal “Batman: Eternal“, e o vilão Homem de Dez Olhos, que foi revitalizado por Grant Morrison durante sua passagem pelo Batman como Homem de Nove Olhos. O autor produziu de 80 a 90 histórias do Morcego, quase todas traduzidas para vários idiomas e republicadas em encadernados de clássicos do personagem como “Batman in the Sixties” e “Batman in the Seventies“. Curiosamente, este clássico a ser comentado neste artigo nunca saiu em formato encadernado, tornando-a uma raridade.

Batizada de “Dead…Till Proven Alive!“, a história de “Batman Vol.1 #222” se baseou na clássica teoria de que Paul McCartney teria morrido num acidente de moto nos anos 1960 e fora substituído por um sósia que está aí até hoje fazendo shows e compondo. Chamada de “Paul is Dead“, esta teoria acabou tomando jornais e outras publicações da época, fazendo até com que os próprios Beatles entrassem na onda e fizessem uma série de brincadeiras com isso nos anos seguintes. Por isso “Batman Vol.1 #222″ se tornou um artigo tão importante: ela virou um item de colecionadores tanto para leitores como para beatlemaníacos.

Apoiado pela excelente arte de Irv Novick e Dick Giordano, Robbins cria um texto que coloca Batman e Robin bem no meio da teoria, ou seja, a Dupla Dinâmica deve descobrir o que houve com um dos membros e qual é a verdadeira conspiração por trás dela.


A capa da revista é bem sugestiva: é uma adaptação arte de trás do álbum Sgt. Peppers Lonely Heart’s Club Band, que dá as dicas da “morte” de Paul McCartney:

Saul (ou Paul) está de costas para a câmera, indicando ser um impostor;
Saul parece estar numa posição mais alta que os outros, algo como se ele estivesse se “ascendendo”.

O erro na capa do quadrinho está no fato de que Glennan (ou Lennon, se preferir) é que tem as dicas da morte, e não Saul (Paul), mas isso na verdade pode ter a ver com o “plot twist” que há no final da história. Nem mesmo a mensagem escondida em músicas tocadas ao avesso escapam da historia: na música “Summer Knights” há uma frase escondida que diz “foi divertido mesmo, Saul – pena que já acabou!”, clara referência à “turn me on, dead man”, que está na canção “Revolution #9” do disco “White Álbum”.

Além da menção de um “submarino lilás”, o acidente de Saul aconteceu quando ele não aceitou ir com os outros membros da banda para a Índia, para “descobrirem os mistérios do Oriente”. Obviamente, isso é uma referência de quando a banda passou um tempo por lá com Maharishi em Rishikesh.

Vale lembrar que a história foi publicada no Brasil em duas ocasiões, ambas pela Editora Ebal. A primeira foi na revista “Batman – Tudo em Cor nº 2″ de 1970 e a segunda foi “Batman (Em Cores) nº 10″ de 1971.


A história é um excelente entretenimento até hoje, com ótima narrativa, curiosidades muito divertidas para fãs do personagem e da banda. Não deixem de ler este clássico e descubram a verdade sobre Oliver Twist!

Fonte Informativa: Terra Zero 

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